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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sempre em busca de Qualidade de Vida.

Estamos em constante busca por novos estudos e pesquisas de procedimentos que contribuam com o desenvolvimento do nosso Davi.

Conversando com outras famílias especiais tomamos conhecimento da Placa Palatina de Memória, e dos benefícios que ela vem trazendo ao desenvolvimento de crianças com SD.

Hoje vamos passar por uma consulta com uma dentista aqui de Campinas que é especializada neste tipo de tratamento para conhecer mais sobre o procedimento, e depois conversar com a Fono e o Otorrino do Davi sobre a indicação dele para darmos andamento.

Damos graças a Deus pelo empenho de tantos anjos que buscam incansavelmente novas técnicas e tecnologias para contribuir com a conquista do desenvolvimento pleno e da qualidade de vida dos nossos anjos especiais.

Segue o resumo de um estudo publicado pela UFPR sobre a indicação da Placa Palatina de Memória.


SÍNDROME DE DOWN: DESENVOLVIMENTO BUCAL E UTILIZAÇÃO DA PLACA PALATINA DE MEMÓRIA

CARNEIRO VL* ¹, SULLCAHUAMÁN JAG², FRAIZ FC³.
1 Mestre em Odontologia; 2 Aluna do PPG em Odontologia UFPR; ² Professor Odontologia UFPR³.
Departamento de Estomatologia
Programa de Pós-graduação em Odontologia da UFPR –Curitiba/PR

INTRODUÇÃO
Os bebês com Síndrome de Down apresentam, em geral, hipotonia da musculatura, língua flácida e protruída e selamento labial insuficiente. A Placa Palatina de Memória (PPM), proposta por Castillo Morales, possui estimuladores para língua e lábios (Fig1) que induzem o vedamento labial e a manutenção da língua dentro da boca levando a uma melhora da musculatura orofacial da criança e o desenvolvimento da respiração nasal (Fig2). Deve ser usada no primeiro ano de vida, período de maior desenvolvimento do Sistema Nervoso Central e da boca. Este trabalho tem por objetivo discutir o tratamento de disfunção orofaciais, em crianças com Síndrome de Down, através de terapia de estimulação precoce e uso de PPM.

DESCRIÇÃO DO CASO
É apresentado um caso clínico de uma criança com S. Down que foi submetida ao tratamento com Placas Palatinas de Memória (PPM) dos 5 aos 15 meses de idade e foi acompanhada por uma equipe multiprofissional formada por dentista,  fonoaudiólogo, fisioterapeuta, médicos entre outros até os 6 anos de idade. A primeira PPM foi instalada o mais precoce possível, aos cinco meses de idade e foram feitas as trocas regulares para acompanhar o crescimento facial até ir romperem os primeiros dentes na arcada superior A PPM foi usada por no mínimo 2 horas diárias e colocada, pelos pais, várias vezes ao longo do dia, por períodos curtos, enquanto a criança estava acordada (Fig3). Aos 6 anos de idade a criança possuía dentição hígida e não apresentava alterações oclusais significativas possuindo bom vedamento labial, respiração nasal, fala clara e fluente com boa articulação das palavras e freqüentava a escola regular (Fig4).

Fig 1 –Placa Palatina de Memória

 

Fig. 2 -Corte sagital da cavidade bucal de bebê com Síndrome de Down. Com e sem PPM na boca.
Desenho: Brondo/CastilloMorales.Fonte: MORALES, RC. Terapia de regulação orofacial.

Fig. 3 –Bebê com Síndrome de Down com e sem PPM na boca aos 5, 6 e 10 meses de idade.



Fig. 4 -VSS 6 anos e 5m. Oclusão, vedamento labial e respiração nasal adequados.


CONCLUSÃO
No caso apresentado, a terapia utilizada permitiu um desenvolvimento oro facial adequado, harmônico e funcional. A utilização precoce da PPM pode ser um complemento valioso em programas multidisciplinares de atenção a pacientes com Síndrome de Down.

  

A versão completa deste trabalho pode ser visualizada através do endereço www.pgodonto.ufpr.br.

2 comentários:

  1. tem tb esse tratamento em campinas?? qdo soube soh tinha em curitiba.. pois a dentista quem criou a tecnica eh de lah..

    obrigada.

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    1. Olá!

      A Dra. Regina Cecília (19 32545587) oferece este tratamento aqui também. Realmente esta técnica começou pelo Paraná aqui no Brasil, mas Graças a Deus já chegou a Campinas.
      Um abraço.

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