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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Uma experiência que deu certo

Estamos vivendo os primeiros dias de introdução de frutas no cardápio do Davi. Tem sido uma experiência “melecadamente deliciosa”!

Notei que nos primeiros dias ele não apreciou muito as papinhas (frutinhas amassadas) que eu lhe oferecia e fiquei um pouco preocupada , como toda mãe de primeira viagem.
Mas Deus sempre nos manda recados através dos diversos anjos que coloca em nossa vida. No Pic Nic Especial que participamos, no dia 27/05, lá no Parque Ecológico, alguns pais especiais comentaram sobre uma orientação do Dr. Zan (um especialista renomado em SD) sobre a interação das crianças com as frutas... Caiu a ficha!

Vou explicar melhor como usamos esta informação no aperfeiçoamento desta experiência...
Se eu disser a palavra PICANHA, feche os olhos e diga o que vem na sua cabeça?

Na minha vem: Churrasco com família e amigos, todo mundo falando e rindo ao mesmo tempo (família italiana!!!), aquele cheirinho da carne assada, meu tio Vicente comandando a churrasqueira,  um filé macio e apetitoso “ao ponto” com aquela “gordurinha proibida” e aquele sabor irresistível!
Ai, ai... São todas memórias que surgem quando penso na simples palavra “picanha”, devido a experiências que vivenciei.  Com elas, além dos aspectos emocionais, foram gravados em minha memória, a cor, o cheiro, a textura, a consistência e o gosto da picanha... isso também é aprendizagem!

Em todos os momentos nossos sentidos estão sempre interligados, funcionando numa sintonia perfeita enriquecendo nossas vivências.
Agora, vamos pensar: O que enriquecerá a vivência e o aprendizado de um bebe: 

1)      Oferecer diretamente fruta amassada para ele? Ou

2)      Fazer com que ele experiencie esta fruta, utilizando todos os seus sentidos?
Optei pela segunda alternativa, e deu muito certo!

Vou descrever nosso “momento frutinha” para vocês:
Quando comemos, utilizamos todos os nossos sentidos: Audição, Visão, Oftato, Tato e Paladar... e estou fazendo uso de todos eles para que o Davi tenha, além de um momento nutritivo, uma experiência que agregue a sua aprendizagem. Ele está adorando!

Com ele devidamente sentado no seu carrinho, preso com o sinto e vestido com o babador (importantíssimo pois a meleca é inevitável!), inicio apresentando a fruta do dia para ele (lembrando que a fruta deve estar devidamente higienizada).


Mostro a fruta, ainda com a casca... 

...aproximo do nariz para que ele sinta o cheiro...


...entrego a fruta na mão dele para que ele possa sentir sua textura e deixo ele brincar por alguns minutos .



Durante todas as fases do processo vou conversando com ele, repetindo várias vezes o nome da fruta e falando sobre ela, para que ele vá associando as informações ao que ele está vivenciando.



Vou usar a banana para exemplificar: “Hoje você vai comer uma banana”; “A casca da banana é lisa”; “A banana é amarela”; “A banana é doce”; “A banana é cheirosa”; “A banana tem vitaminas que fazem o Davi ficar forte”; “A banana é gostosa”; “Que delícia de banana!”; “o Davi gosta de banana”... e assim por diante. É claro que não fico como um “papagaio” repetindo estas frases, mas vamos conversando, e durante a conversa vamos falando sobre a fruta.
O segundo passo é descascar a fruta na frente dele, para que ele entenda o que está acontecendo com ela. Depois coloco a fruta em sua boca para que ele sinta o sabor e a consistência por alguns minutos (ele adora esta parte! Chupa a fruta com uma fome deliciosa).

Em seguida entrego a fruta nas mãos dele para que novamente ele sinta a textura, agora sem a casca (esta etapa resulta em uma melequinha considerável).

Finalmente, amasso a fruta na frente dele e a ofereço com a colher.


Percebo  que ele come com muito mais prazer, porque ele sabe o que está comendo... é diferente de oferecer uma fruta já amassada (na qual, particularmente, não enxergo nenhum atrativo apetitoso).

Ah! Na hora do suco também conversamos bastante sobre as frutas que o compõem.
Voces devem estar me achando uma maluca, afinal o Davi só tem 4 meses... é muita informação para ele! Não vai conseguir absorver tudo isso!!! Mãe doida!!! ...

Calma, eu estou ciente de tudo isso, mas acredito que, aos poucos, no tempo dele, ele vai começar fazer suas associações, e minha obrigação como mãe é SEMPRE oferecer subsídios para que ele aprenda. Para mim não importa se eu ficarei repetindo as mesmas coisas por meses e meses, o que importa é que um dia, quando eu falar para ele a palavra “banana”, por exemplo, toda essas experiências e informações estarão em sua memória.
Entendam, estou compartilhando com vocês um exercício que tem dado certo aqui em casa, mas não estou tentando lançar uma teoria científica que comprove isso. É apenas a experiência de uma mãe muito apaixonada por seu filho que resolveu fazer do “momento da frutinha” uma vivência para nutrir o corpo e a mente dele!

4 comentários:

  1. É a famosa: "Vivência da fruta!". Quando estivemos com Dr. Zan, também achei essa ideai muito interessante mas não apliquei com meu Vini porque ele começou a comer muito bem as frutinhas só que agora ele passa por um período de negação de qualquer alimento que não seja seu leitinho... lendo o seu post me senti motivada! Vou iniciar esse processo com meu Vini e espero que ele volte a apreciar as frutinhas! Obrigada, Dayse!

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  2. Amei Dayse,aqui a história das frutas foi um pouco parecida,amassada sempre foi recusada,desde banana,até laranja(nunca gostou da lima)foi direto pra laranja pera,mas em pedaços que ela mesmo segurava, ai a história mudou totalmente.Estimulo de todas as formas são extremamente importantes,parei de trabalhar,e agora diariamente vejo as transformações e descobertas de todos os dias.Parabéns pelo claro desenvolvimento dO Davi.Tenho um primo Down,sempre muito estimulado,hj é super inteligente e extremamente galanteador.

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  3. Dayse adorei nossa realmente esse jeito parece muito mais interessante até para nos adultos..... parabéns vc é uma mãe abençoada.bjos.

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