Notei que nos primeiros dias ele não apreciou muito as
papinhas (frutinhas amassadas) que eu lhe oferecia e fiquei um pouco preocupada
, como toda mãe de primeira viagem.
Mas Deus sempre nos manda recados através dos diversos anjos
que coloca em nossa vida. No Pic Nic Especial que participamos, no dia 27/05,
lá no Parque Ecológico, alguns pais especiais comentaram sobre uma orientação
do Dr. Zan (um especialista renomado em SD) sobre a interação das crianças com
as frutas... Caiu a ficha!
Vou explicar melhor como usamos esta informação no
aperfeiçoamento desta experiência...
Se eu disser a palavra PICANHA, feche os olhos e diga o que
vem na sua cabeça?
Na minha vem: Churrasco com família e amigos, todo mundo
falando e rindo ao mesmo tempo (família italiana!!!), aquele cheirinho da carne
assada, meu tio Vicente comandando a churrasqueira, um filé macio e apetitoso “ao ponto” com aquela
“gordurinha proibida” e aquele sabor irresistível!
Ai, ai... São todas memórias que surgem quando penso na
simples palavra “picanha”, devido a experiências que vivenciei. Com elas, além dos aspectos emocionais, foram gravados em minha memória, a cor, o cheiro, a textura, a consistência e o gosto da picanha... isso também é aprendizagem!
Em todos os momentos nossos sentidos estão sempre
interligados, funcionando numa sintonia perfeita enriquecendo nossas vivências.
Agora, vamos pensar: O que enriquecerá a vivência e o
aprendizado de um bebe:
1)
Oferecer diretamente fruta amassada para ele? Ou
2)
Fazer com que ele experiencie esta fruta,
utilizando todos os seus sentidos?
Optei pela segunda alternativa, e deu muito certo!
Vou descrever nosso “momento frutinha” para vocês:
Quando comemos, utilizamos todos os nossos sentidos:
Audição, Visão, Oftato, Tato e Paladar... e estou fazendo uso de todos eles
para que o Davi tenha, além de um momento nutritivo, uma experiência que
agregue a sua aprendizagem. Ele está adorando!
Com ele devidamente sentado no seu carrinho, preso com o
sinto e vestido com o babador (importantíssimo pois a meleca é inevitável!),
inicio apresentando a fruta do dia para ele (lembrando que a fruta deve estar
devidamente higienizada).
Mostro a fruta, ainda com a casca...
...aproximo do nariz para que ele sinta o cheiro...
...entrego a fruta na mão dele para que ele possa sentir sua textura e deixo ele brincar por alguns minutos .
Durante todas as fases do processo vou conversando com ele, repetindo várias vezes o nome da fruta e falando sobre ela, para que ele vá associando as informações ao que ele está vivenciando.
Vou usar a banana para exemplificar: “Hoje você vai comer
uma banana”; “A casca da banana é lisa”; “A banana é amarela”; “A banana é
doce”; “A banana é cheirosa”; “A banana tem vitaminas que fazem o Davi ficar
forte”; “A banana é gostosa”; “Que delícia de banana!”; “o Davi gosta de
banana”... e assim por diante. É claro que não fico como um “papagaio”
repetindo estas frases, mas vamos conversando, e durante a conversa vamos
falando sobre a fruta.
O segundo passo é descascar a fruta na frente dele, para que
ele entenda o que está acontecendo com ela. Depois coloco a fruta em sua
boca para que ele sinta o sabor e a consistência por alguns minutos (ele adora esta
parte! Chupa a fruta com uma fome deliciosa).
Em seguida entrego a fruta
nas mãos dele para que novamente ele sinta a textura, agora sem a casca (esta
etapa resulta em uma melequinha considerável).
Finalmente, amasso a fruta na frente dele e a ofereço com a
colher.
Percebo que ele come
com muito mais prazer, porque ele sabe o que está comendo... é diferente de
oferecer uma fruta já amassada (na qual, particularmente, não enxergo nenhum
atrativo apetitoso).
Ah! Na hora do suco também conversamos bastante sobre as frutas que o compõem.
Voces devem estar me achando uma maluca, afinal o Davi só
tem 4 meses... é muita informação para ele! Não vai conseguir absorver tudo
isso!!! Mãe doida!!! ...Ah! Na hora do suco também conversamos bastante sobre as frutas que o compõem.
Calma, eu estou ciente de tudo isso, mas acredito que, aos
poucos, no tempo dele, ele vai começar fazer suas associações, e minha
obrigação como mãe é SEMPRE oferecer subsídios para que ele aprenda. Para mim
não importa se eu ficarei repetindo as mesmas coisas por meses e meses, o que
importa é que um dia, quando eu falar para ele a palavra “banana”, por exemplo,
toda essas experiências e informações estarão em sua memória.
Entendam, estou compartilhando com vocês um exercício que
tem dado certo aqui em casa, mas não estou tentando lançar uma teoria científica que comprove
isso. É apenas a experiência de uma mãe muito apaixonada por seu filho que
resolveu fazer do “momento da frutinha” uma vivência para nutrir o corpo e a
mente dele!
MUITO BACANA ESTA TÉCNICA...ADOREI
ResponderExcluirÉ a famosa: "Vivência da fruta!". Quando estivemos com Dr. Zan, também achei essa ideai muito interessante mas não apliquei com meu Vini porque ele começou a comer muito bem as frutinhas só que agora ele passa por um período de negação de qualquer alimento que não seja seu leitinho... lendo o seu post me senti motivada! Vou iniciar esse processo com meu Vini e espero que ele volte a apreciar as frutinhas! Obrigada, Dayse!
ResponderExcluirAmei Dayse,aqui a história das frutas foi um pouco parecida,amassada sempre foi recusada,desde banana,até laranja(nunca gostou da lima)foi direto pra laranja pera,mas em pedaços que ela mesmo segurava, ai a história mudou totalmente.Estimulo de todas as formas são extremamente importantes,parei de trabalhar,e agora diariamente vejo as transformações e descobertas de todos os dias.Parabéns pelo claro desenvolvimento dO Davi.Tenho um primo Down,sempre muito estimulado,hj é super inteligente e extremamente galanteador.
ResponderExcluirDayse adorei nossa realmente esse jeito parece muito mais interessante até para nos adultos..... parabéns vc é uma mãe abençoada.bjos.
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