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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Um coração para amar

Como já comentamos, nossa gravidez foi muito saudável e o resultados de todos os exames sempre foram ótimos. Porém a confirmação do diagnóstico do Davi para SD nos trouxe uma grande preocupação quanto a sua condição cardíaca, pois a incidência de cardiopatias nessas pessoas é alta.

O termo cardiopatia indica qualquer doença relacionada ao coração. O termo “cardiopatia congênita” refere-se a doenças presentes desde o nascimento, consequência de anomalias no desenvolvimento embrionário do coração (anomalias em sua formação), que levam a más formações (defeitos estruturais) cardíacas e que podem dar lugar a repercussões clinicas, seja na vida fetal, durante a idade pediátrica, ou ao longo da vida toda.

 É sabida a alta incidência de cardiopatias congênitas entre indivíduos com SD, o que, na ausência de estratégia diagnóstica e terapêutica adequadas, é a principal causa de mortalidade e condiciona em maior grau a qualidade de vida desses indivíduos. As mais frequentes são as ocasionadas por defeitos nas divisões do coração (que se separam as diferentes cavidades cardíacas), principalmente na separação entre as aurículas e ventrículos (“canal atrioventricular ou auriculoventricular” por sua origem embrionária, também conhecidos como “defeitos do coxins endocárdicos”), nas divisões de separação entre as aurículas (comunicações interauriculares) e entre os ventrículos (comunicações interventriculares). A “persistência do canal arterial permeável” também é uma cardiopatia congênita frequente na SD, seguida com menor frequência pela “tetralogia de Fallot” – (má-formação congênita do coração composta de quatro elementos, por isso a denominação “tetralogia”, e Fallot é o sujeito que descreveu esta doença. Encontram-se: 1-A CIV, ou Comunicação Interventricular, ocorre quando existe um orifício ou “buraquinho” entre as duas câmeras do coração chamados de ventrículos (esquerdo e direito), 2-Dextroposição da aorta, que significa um desalinhamento para a direita da aorta ao sair do coração, 3-Obstrução de ventrículo direito, ocorre portanto uma dificuldade de passagem de sangue pobre em oxigênio para os pulmões e 4-Hipertrofia ventricular direita, devido ao excessivo trabalho do ventrículo direito, o músculo aumenta de massa, principalmente de espessura). (Sindrome de Down de A-Z – Santamaria, Augusti Seres, 2011)

Graças a Deus, em todos os exames pré-natais, onde seu coraçãozinho foi monitorado, tudo estava normal. Era uma emoção enorme durante as consultas e durante os exames de ultrassom quando ouvíamos aquela “locomotiva”... que delícia: força, ritmo, saúde! Era música para nossos ouvidos.

Depois do nascimento, com o diagnóstico veio a preocupação generalizada dos médicos e a indicação por uma avaliação.

E o resultado não poderia sem melhor: NADA!!!! Tem um coração perfeito batendo ali dentro... GLÓRIA! GLÓRIA! GLÓRIA A DEUS!


Nossa cardio-pediatra, depois de todos os exames, nos tranquilizou com a ótima notícia e disse que só quer vê-lo agora com 2 aninhos, para acompanhamento clínico.

Mais uma vitória para a coleção de conquistas desse nosso pequeno grande guerreiro!



E, nada como uma bela música para mais uma comemoração:



Um coração para amar
Pe. Zezinho

Um coração para amar, pra perdoar e sentir
para chorar e sorrir ao me criar Tu me destes.
Um coração pra sonhar, inquieto e sempre a bater
ansioso por entender as coisas que Tu disseste.

Eis o que eu venho te dar,
eis o que eu ponho no altar,
toma Senhor que ele é Teu,
meu coração não é meu.

Quero que o meu coração, seja tão cheio de paz,
que não se sinta capaz, de sentir ódio ou rancor.
Quero que a minha oração, possa me amadurecer,
leve-me a compreender as consequências do amor.

Eis o que eu venho te dar,
eis o que eu ponho no altar,
toma Senhor que ele é Teu,
meu coração não é meu.

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