Como já comentamos, nossa gravidez foi muito
saudável e o resultados de todos os exames sempre foram ótimos. Porém a
confirmação do diagnóstico do Davi para SD nos trouxe uma grande preocupação
quanto a sua condição cardíaca, pois a incidência de cardiopatias nessas
pessoas é alta.
O termo
cardiopatia indica qualquer doença relacionada ao coração. O termo “cardiopatia
congênita” refere-se a doenças presentes desde o nascimento, consequência de
anomalias no desenvolvimento embrionário do coração (anomalias em sua
formação), que levam a más formações (defeitos estruturais) cardíacas e que
podem dar lugar a repercussões clinicas, seja na vida fetal, durante a idade
pediátrica, ou ao longo da vida toda.
É sabida a alta incidência de cardiopatias
congênitas entre indivíduos com SD, o que, na ausência de estratégia
diagnóstica e terapêutica adequadas, é a principal causa de mortalidade e
condiciona em maior grau a qualidade de vida desses indivíduos. As mais
frequentes são as ocasionadas por defeitos nas divisões do coração (que se
separam as diferentes cavidades cardíacas), principalmente na separação entre
as aurículas e ventrículos (“canal atrioventricular ou auriculoventricular” por
sua origem embrionária, também conhecidos como “defeitos do coxins
endocárdicos”), nas divisões de separação entre as aurículas (comunicações
interauriculares) e entre os ventrículos (comunicações interventriculares). A
“persistência do canal arterial permeável” também é uma cardiopatia congênita
frequente na SD, seguida com menor frequência pela “tetralogia de Fallot” – (má-formação
congênita do coração composta de quatro elementos, por isso a denominação
“tetralogia”, e Fallot é o sujeito que descreveu esta doença. Encontram-se: 1-A
CIV, ou Comunicação Interventricular, ocorre quando existe um orifício ou
“buraquinho” entre as duas câmeras do coração chamados de ventrículos (esquerdo
e direito), 2-Dextroposição da aorta, que significa um desalinhamento para a
direita da aorta ao sair do coração, 3-Obstrução de ventrículo direito, ocorre
portanto uma dificuldade de passagem de sangue pobre em oxigênio para os pulmões
e 4-Hipertrofia ventricular direita, devido ao excessivo trabalho do ventrículo
direito, o músculo aumenta de massa, principalmente de espessura). (Sindrome de Down de A-Z – Santamaria, Augusti Seres, 2011)
Graças a Deus, em todos os exames pré-natais, onde
seu coraçãozinho foi monitorado, tudo estava normal. Era uma emoção enorme
durante as consultas e durante os exames de ultrassom quando ouvíamos aquela
“locomotiva”... que delícia: força, ritmo, saúde! Era música para nossos
ouvidos.
Depois do nascimento, com o diagnóstico veio a
preocupação generalizada dos médicos e a indicação por uma avaliação.
E o resultado não poderia sem melhor: NADA!!!! Tem
um coração perfeito batendo ali dentro... GLÓRIA! GLÓRIA! GLÓRIA A DEUS!
Nossa cardio-pediatra, depois de todos os exames,
nos tranquilizou com a ótima notícia e disse que só quer vê-lo agora com 2
aninhos, para acompanhamento clínico.
Mais uma vitória para a coleção de conquistas desse
nosso pequeno grande guerreiro!
E, nada como uma bela música para mais uma
comemoração:
Um coração para amar
Pe. Zezinho
Um coração para amar, pra perdoar
e sentir
para chorar e sorrir ao me criar Tu me destes.
Um coração pra sonhar, inquieto e sempre a bater
ansioso por entender as coisas que Tu disseste.
Eis o que eu venho te dar,
eis o que eu ponho no altar,
toma Senhor que ele é Teu,
meu coração não é meu.
Quero que o meu coração, seja tão
cheio de paz,
que não se sinta capaz, de sentir ódio ou rancor.
Quero que a minha oração, possa me amadurecer,
leve-me a compreender as consequências do amor.
Eis o que eu venho te dar,
eis o que eu ponho no altar,
toma Senhor que ele é Teu,
meu coração não é meu.