- Bom dia! Vim para a
ordenha.
- Sim, pode subir.
A caminho da sala de
ordenha a expectativa de se encontrar com algum profissional que possa lhe dar
boas notícias sobre seu filhotinho... passando pelo setor onde eles ficam “guardadinhos”
uma espiadinha através da parede de vidro procurando um sinal de melhora.
Ao entrar na sala de
ordenha, um ritual: higiene, máscara, água, massagem + ordenha... massagem + ordenha,
massagem + ordenha... e isso se repete até que a ultima gotinha de leite possível
caia no potinho.”
Não meus amigos, não estou falando de vaquinhas... estou
falando da rotina de muitas mãezinhas que passam por isso diariamente... ainda
mais... a cada três ou quatro horas, conforme a necessidade de cada filhotinho.
Vivi esta rotina por 6 dias e com ela pude refletir bastante
como os problemas do nosso dia a dia são pequenos quando os comparamos com esse
tipo de experiência.
Quando o bebe nasce tudo o que se mais quer é receber a alta
para levar o seu “pacotinho”para casa. Nossa... e como eu e o Fer falamos sobre
isso durante a gravidez... “imagina quando a gente entrar aqui em casa com
nosso pacotinho?!”... bebê-conforto no carro, roupinha de saída de maternidade
na mala... tudo pronto... mas, de repente você tem alta e tem que deixar seu “pacotinho”
lá no hospital por mais alguns dias... Gente, isso dói na alma...
Graças a Deus que o Davi não teve nenhum problema grave, ele
só foi internando na unidade semi-intensiva da UTI-NEO em função da
hipoglicemia, para aprender a mamar. Como eu já disse para vocês o bonitinho
insistiu em fazer dieta logo que nasceu (rs)... não quis mamar e com isso a
glicemia caiu.
Mas, nessa maratona que eu, o Fer e o Davi enfrentamos,
pudemos conhecer outras pessoas, outras famílias guerreiras, e crescemos e nos
fortalecemos com elas.
Deus é grandioso... não tenho dúvida nenhuma sobre essa
grande verdade. Num momento tão angustiante na vida das pessoas, estranhos se
encontram num corredor de hospital, numa sala de ordenha, ao lado dos leitos de
seus filhos e se comportam como se fossem velhos conhecidos. Dividem suas
histórias, compartilham suas angustias, encorajam-se mutuamente, torcem e oram
uns pelos outros, e comemoram, comemoram muito com cada filhotinho que progride
e resolve ir embora para casa.
E a FE? Como ela se multiplica, cresce e engrandece cada um
lá dentro. A preocupação existe, é claro... mas não importa se seu filhote está
lá há 76 dias, ou se ele está cheio de aparelhinhos apitando o tempo todo, ou
ainda se você e seu marido são estrangeiros e não falam português... A certeza
de que Deus está cuidando de todos, de que tudo é uma questão de tempo e que
esta fase vai passar é maior e fortalece a todos. A FÉ é constante e paira no ar daquele
ambiente. Lágrimas, sim... muitas, mas em comoção por cada sinal de melhora,
por cada resposta positiva dos pequenos guerreiros.
Quem nos segura é DEUS!
A inspiração Divina é sentida também incorporada em cada um
dos profissionais que trabalham naquele lugar. Enfermeiras e Médicos que, muito
mais do que profissionais são pais e mães dos pequenininhos quando não estamos
lá... preocupam-se, cuidam e torcem por eles junto com todas as famílias.
Palmas, muitas palmas para eles.
Assim, vamos lembrar sempre em nossas orações de todas essas
famílias, desses filhotinhos, para que possam se fortalecer na FÉ e na SAÚDE
com esta experiência e que sempre, no menor tempo possível possam estar em seus
“ninhos”, nas casas que foram preparadas com tanto carinho para receber seus “pacotinhos”.
E agradecer... Gloria a Deus pelo Dom da VIDA e SAÚDE de
cada um e por sempre colocar as pessoas certas no nosso caminho, por todos os
anjos que seguram na nossa mão, oram e nos suportam nos momentos de alegria e
nos momentos difíceis da vida. Obrigado a vocês, nossos amigos que estiveram
com a gente em oração durante toda essa fase, que GRAÇAS A DEUS passou.
GLÓRIA, GLÓRIA, GLÓRIA a DEUS pela VIDA e SAÚDE do nosso
Davi.
Este é nosso "pacotinho"prontinho para sair da maternidade... que momento FELIZ!
Forte abraço a todos.
Amém!!!
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